domingo, 8 de agosto de 2010

Churrasco

Já tive experiências sensacionais que envolveram churrasco, do mais espetacular, com carnes exóticas e local paradisíaco até aquele que dá vontade de esquecer. Churrasco de família, de trabalho, de fim de ano, de aniversário e principalmente de despedida – uma boa despedida só é válida se tem churrasco. Parece que é a coisa mais fácil de fazer, mas dá um trabalho imenso. Então por que churrasco?

Sempre fui uma apaixonada por churrasco. Não exatamente pela carne queimando, mas por todo o resto: o cheiro, a música, a risada, a descontração e toda a atmosfera que o carvão provoca. Até o pior de todos justifica a reunião. Churrasco tem magia, mexe com a gente, desperta aquela coisa que vem dentro de vc e que de vez em quando precisa sair para tomar um ar. Conheci gente que nem comia nem bebida durante o churrasco, ia mesmo só pra ver as pessoas e também conheci alguns que só iam para comer e beber, ficavam uns 10 minutos, nem falavam com ninguém e iam embora. Perfeito! Todo mundo se encaixa e fica feliz.

No trecho tudo é sinônimo de churrasco, até porque a quantidade de homens que podem disputar a churrasqueira ajuda. Em Três Lagoas era assim: começava na quarta-feira para poder acompanhar o truco e ai sobrava carne ou cerveja e tinha que finalizar na sexta, que emendava o sábado e várias vezes o domingo. De vez em quando tinha um aniversário na segunda, ou uma comemoração qualquer na terça e aí queridos, danou-se. E o churrasco vem sempre com uma variedade de outras coisinhas: vinagrete, pão, farofa, saladas diversas e sem contar o refrigerante, a cachaça, a cerveja, as caipirinhas e socorro! Ah, e tem a música! O básico é o pagode mesmo, o sambinha que todo mundo canta, aqueles bem populares, meio antigos, mas vai além, tem funk carioca, sertanejo e qualquer tipo de música popular brasileira (ou não) que possa ser acompanhada, reconhecida e curtida. Se a música for ao vivo então ai sim é o churrasco perfeito e todo mundo se entrega, até quem não gosta de nada daquilo. Churrasco com música desconhecida não dá liga!

Alguns episódios foram muito marcantes, não só em Três Lagoas, mas em todos os trechos. Teve um inesquecível, uma despedida (claro!) que durou por mais de 16 horas seguidas, numa casa espetacular, num gramado na beira do rio Paraná, com todas as carnes que se possa imaginar e bebidas que nem posso imaginar e com a maior rotatividade de pessoas que já presenciei. Foi lindo! Todos os trecheiros apareceram em algum momento e coisas bizarras, engraçadas e emocionantes aconteceram. O pôr do sol foi incrível, a quantidade de pessoas animadas foi incrível e quantidade de cerveja consumida foi incrível. Nunca tinha visto nada igual num churrasco.

Teve uma infinidade de confraternizações com churrasco, e também teve churrasco na calçada, na beira do rio, no meu aniversário e nos outros muitos aniversários e todos as datas comemorativas. E teve aquele churrasco só meu e do meu marido, que a gente sentava ao lado da churrasqueira, tomava cerveja, curtia o dia – simples, rápido e tranquilo!

Definitivamente churrasco e o trecho têm tudo a ver e acreditamos tanto nisso que absolutamente tudo é motivo para churrasco!

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